segunda-feira, 2 de maio de 2016


BRASIL: Após dez anos, transporte aéreo de passageiros deve encolher em 2016
Por Giordani -
02/05/2016
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Em 2015, movimento caiu em seis dos dez maiores aeroportos brasileiros. Empresas aéreas cortam custos e oferta de vôos. Recuperação do setor só em 2017, preveem.

Gerente de suprimentos em uma empresa de diagnóstico por imagem de Brasília, Fernando Luiz Pirino Zanetti costumava viajar de duas a três vezes por mês para visitar unidades da firma em estados da região Norte.

A partir deste ano, porém, devido ao agravamento da crise econômica, Zanetti passou a voar a trabalho somente uma vez por mês.

“Os voos já eram caros, mas os preços aumentaram muito nos últimos meses. Além disso, houve redução da oferta de voos para a região Norte”, conta ele.

A falta de dinheiro ou de disposição dos brasileiros para gastar com viagens se reflete nos indicadores do setor. Para as empresas aéreas, o Brasil deve registrar em 2016 a primeira queda no número de passageiros transportados em voos domésticos após pelo menos uma década de crescimento ininterrupto.

Movimento nos aeroportos



Em 2015, o número de passageiros transportados em voos domésticos no Brasil foi apenas 0,3% maior que em 2014. Mas em alguns dos principais aeroportos do país, o movimento no ano passado já foi negativo. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), em seis dos dez maiores aeroportos brasileiros, o movimento de passageiros embarcados em voos domésticos foi, em 2015, menor que em 2014.

Os seis terminais são Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ), Salvador, Curitiba, Campinas (SP) e Guarulhos (SP). No caso de Guarulhos, o maior aeroporto do país, foi a primeira queda desde 2005 pelo menos.

“De uma maneira geral, o desempenho da economia brasileira tem sido considerado um dos principais fatores que explicam a retração da demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros no Brasil nos últimos meses. No entanto, outros fatores podem apresentar-se determinantes para uma alta ou redução da demanda por transporte aéreo em uma localidade ou aeroporto específico”, informou a ANAC ao G1.

Oferta menor

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR), o setor registrou, em março, o oitavo mês seguido de queda na procura por passagens em voos domésticos.

Apenas em março, segundo a associação, a retração foi de 7,3%, na comparação com o mesmo mês de 2015. Com a procura menor, as empresas vêm reduzindo a oferta. Em março, completaram-se 13 meses de corte seguido na oferta de assentos para voos dentro do país.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz, a previsão é que as quatro empresas nacionais (TAM, Gol, Azul e Avianca) cortem neste ano, em média, 10% dos seus voos. Rotas menos sustentáveis e de menor demanda são as mais atingidas.

Queda em 2016

Para a associação, já é certo que o Brasil terá queda no número de passageiros transportados em voos domésticos em 2016.

Confirmada, a retração interromperá uma série de pelo menos dez anos seguidos de crescimento no setor – marca sempre comemorada pelo governo e apontada como reflexo não só do crescimento da renda dos brasileiros, mas de maior democratização do transporte aéreo no país.

“Já há algum tempo, desde agosto do ano passado, a gente vem alertando para o encerramento desse processo de crescimento continuo”, diz Sanovicz. Segundo ele, a principal razão para o resultado negativo é a queda nas viagens motivadas por negócios ou participação em eventos, que representam, em média, 65% do total das passagens no Brasil.

Além disso, esses passageiros costumam pagar mais caro pelo bilhete, normalmente comprado com menor antecedência e prevendo retorno mais rápido que os voos a passeio.

A previsão da Abear é que a demanda por voos no Brasil só volte a crescer em meados de 2017. Até lá, diz o presidente da entidade, as empresas aéreas, que já sofrem com prejuízos milionários, vão procurar “ajustes” para “atravessar em segurança um cenário de turbulências.”

FONTE: G1

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Ruichapéu94p· 10 horas atrás
Culpa do combustível caro e crise econômica.
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Responder1 resposta · ativo 10 horas atrás
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GIORDANI121p· 10 horas atrás
O triste é que isso se reflete em demissões.
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Pedro2964104p· 8 horas atrás
cada dia um 7x1 diferente
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